Como todo mundo já sabe e já viu, o professor Wagner é O ciclista do São José, temos até uma foto para provar.
Diz o professor que a sua paixão pelas bikes é tanta, que para as próximas férias uma grande pedalada pelas estradas da vida já está programada.
Inspirado nesta paixão em duas rodas ele escreveu e nos brinda com o texto abaixo.
Quem sabe mais gente se anima a largar o carro e a ociosidade, começando a pedalar!
O uso de bicicleta como meio alternativo de transporte.
Prof. Wagner Bragante
O prospecto para o futuro não é lá muito brilhante: escassez de petróleo, poluição, aumento do trânsito nas grandes (e pequenas) cidades. Empresas gastam bilhões de dólares em desenvolvimento de tecnologias “limpas” que poluam menos e que gastem pouco ou ,de preferência, nenhum combustível. Modelos os mais futuristas são propostos, veículos movidos à energia elétrica (de onde vai sair tanta eletricidade para movê-los é outra parte nebulosa do futuro), à energia solar, a biocombustíveis, à hidrogênio, e por aí vai...
Acontece que o veículo de transporte para pequenas distâncias, que seja absurdamente econômico, a ponto de não consumir nenhum litro de combustível fóssil em seu deslocamento, de fácil manutenção, leve, pequeno e extremamente manobrável já existe: é a bicicleta.
Os primeiros esboços de algo parecido com a bicicleta que conhecemos, veio das mãos de, ninguém mais, ninguém menos, Leonardo da Vinci. O lendário intelectual renascentista desenhou até como seriam a corrente, a coroa com pedais e as catracas! Muitos séculos se passaram, porém, para que a bicicleta deixasse de ser apenas um brinquedo extravagante e se tornar um dos mais importantes (e relegados a um segundo plano) meios de transporte utilizados no mundo. Para se ter uma idéia, os números de bicicletas vendidas no Brasil podem chegar a seis milhões de unidades, só dentro de 2011. Mas apesar de sermos o quinto maior mercado de bicicletas do mundo, perdendo apenas de China, EUA, Índia e Japão e sermos o terceiro maior produtor mundial, atrás somente de China e Índia, o Brasil vê a bicicleta com o olhar de um motorista de carro muito agressivo: como algo que está ocupando um espaço que deveria ser apenas do Mestre Automóvel. Uma parte imensa da população sequer cogita em utilizar a bicicleta como meio de transporte, alegando quaisquer desculpas que encontrar. Além do mais, inexistem políticas de urbanização que levem o dimensionamento de ciclovias quando do projeto das vias urbanas. Dessa forma, os poucos que adotam o ciclismo se vêem disputando espaço com carros, caminhões, motocicletas e ônibus, levando quase sempre desvantagem quando em confronto.
Entretanto, mesmo enfrentando a falta de estrutura, a falta de vontade política, os motoristas irritados e outros percalços, a bicicleta tem visto seu uso se popularizar nos últimos anos. Cada vez mais pessoas veem em seu uso não apenas um meio de transporte mais limpo, sustentável, mas também a possibilidade de se desligar por um momento que seja dos problemas do cotidiano, relaxando um pouco e abandonando o sedentarismo, trazendo benefícios para o seu corpo, sua mente, sua saúde e para o meio ambiente.